segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Sábado - Audax 300 Lapa - 25 - 01 - 14

Este fds parti para um novo desafio.
A idéia era ter reencontrado com os amigos que fizeram o Audax 600 e o 1000 de Floripa, porém como houve um acidente com o Hamilton, lá do sul, o Adelar que viria junto não pode aparecer, porém o Hélio e o Rodrigo já estavam confirmados.
Apesar da tristeza dos amigos do sul não virem, consegui convencer outro grande amigo a participar, o Maneca topou em participar desse brevet na Lapa.



A largada do brevet foi sábado as 22h. Marcamos de sair de Joinville por volta das 16h-17h que até a Lapa são aproximadamente uns 180 km. Ainda tinhamos que encontrar um hotel para o apoia da minha grande apoiadora e encontrar um local para jantar.



Na Lapa primeiro fomos até a praça da largada e papo vai e papo vem o Maneca pergunta sobre retirada de kits e camisa, onde dou a triste informação pra ele que não haveria nada disso. Acho que ele não leu o site do DAP (do atlântico ao pacífico) e acabou ficando por alguns minutos triste.



Combinamos de jantar junto com o Rodrigo (que veio de Sampa) e a família. Na janta não sabia, mas recebemos mais um amigo de Sampa (amigo de pedal e do grupo Roda Livre) o Paulo Gouvea, vulgo Paulinho.


Por não conhecer a cidade escolhemos um local na sorte, e que sorte. Um restaurante e pizzaria, muito bom e muito barato. Pedimos uma pizza grande e uma big, mais bebidas e o valor ficou R$13,00/pessoa, muito barato e muito bom, ótimo atendimento.



Saímos as 21:20 um pouco com atraso, o briefing era para as 21:50 e a larga as 22h.
Chegamos na praça, aprontamos as bikes e os detalhes para logo fazer a largada. Ali encontrei o grande Gilson Kassulke de Joinville e o Hélio que faria junto a prova com a gente.
No meio da correria não consegui prestar muita atenção no briefing, pois como não conhecia o local estava com receio de me perder, porém depois conversando com o Rodrigo percebi que não precisava me preocupar.
Na largada estava um frio considerável, acabei resolvendo colocar o manguito pra não passar frio pelo caminho.






Largamos em 14 ciclistas, Achei estranho o número reduzido de bikers, mas no trajeto descobri porque poucos corajosos apareceram... kkkk

Saímos da Lapa com destino a São Mateus do Sul, primeiro pc com aproximadamente 80 km.
Na saída aquela loucura, todos juntos querendo rodar e acelerar.
Apesar da escuridão o acostamento era bom, apesar de um pouco sujo, não haviam grandes dificuldades. A estrada pouco movimentada permitia que andássemos sobre a pista de rolagem tranquilamente.

Logo no inicio um ciclista já fura o pneus (acho que eram 20 km rodados), já fiquei esperto pra não furar o meu também.

Quando fui tomar o primeiro gole de água percebi que havia perdido minha caramanhola, logo mais descobri que mais 2 amigos também perderam, o Douglas e o Rodrigo. Ainda bem que estava uma noite fresca, pra nós que pedalávamos, pois parado estava frio.

Um pouco antes de chegar no primeiro pc percebi que o Hélio e o Rodrigo tinham ficado para trás.
Chegamos no primeiro Pc com a Rafaella, Douglas e Rodyer, grandes nomes nessas provas, detalhe que o Douglas e o Rodyer já haviam feito o brevet de 200 no mesmo dia.




Quando a turma saiu o Rodrigo e o Hélio ainda não haviam chego, estávamos indo com a turma até que vimos umas bikes chegando e resolvemos voltar pensando que eram o Rodrigo e o Hélio. O primeiro biker não era, mas os 2 seguintes eram nossos amigos. Conversamos e descobrimos que o Rodrigo havia furado um pneu e ficou pra trás. Aguardamos os amigos descansar, comer e saímos todos juntos novamente.

Esse trecho foi dureza. De São Mateus do Sul até Palmeira, foi só subida, apesar de podermos usar a estrada toda para pedalar com um bom asfalto o trecho não tinha nada, era no meio do nada, comércio, posto, casa, iluminação publica, nada. Nessa hora lembrei que fiz certo em não querer que a Talita fosse fazendo o apoio durante o trajeto, pois era muito perigoso, por ela estar sozinha de carro. Para nós que estávamos em grupo não houve grandes preocupações, mas pensei muitas vezes que se tivesse sozinho num lugar como aquele poderia surtar de tão pacato.. hehehe...

Não demorou muito logo furei meu pneus. Foi o traseiro. Entrou um grampo, pequeno, mas suficiente pra esvaziar e ter que trocar.
Fizemos um rápido e animado pit-stop com a sempre boa colaboração do Maneca e retornamos ao pedal.




Percebemos que o Hélio não estava muito bem e acabou nos pedindo para seguir no nosso ritmo.
Andamos mais alguns km´s e quando faltavam 20 km para o pc 2 o Rodrigo sugeriu de pararmos para recuperar um pouco as energias, pois as subidas estavam de matar.



Depois de tantas subidas puxadas chegamos ao pc 2, já no inicio do nosso trecho pela BR 277 que nos levaria até a Curitiba.
Nesse pc a estrutura foi forte, macarrão e café, era o que precisávamos pra recuperar bem as energias e partir para o restante da prova. Ali era exatamente a metade da prova.

Enquanto nos preparávamos para sair o Hélio chegou e acabamos esperando ele para sairmos juntos. Segundo ele já estava melhor.





Agora sim, pronto para saída ainda encontramos o Paulinho chegando e contando que ficou pra trás por conta de um pneu que rasgou, mas não foi suficiente para esse experiente biker abandonar a prova, providenciou um "manchão" de garrafa pet e continuo.
Nos despedimos e saímos já ao clarear do dia com destino a Curitiba.

O Hélio inteiro é outra coisa, já saiu moendo, não foi a toa que depois que ficou sozinho o mesmo conseguiu forças pra logo chegar e nos encontrar no pc.



Sai do pc ouvindo que era só descer pra chegar em Curitba, mas na verdade ainda tinham muitas subidas, não puxadas como no trecho anterior mas ainda subidas.
Num determinado lugar o Hélio nos fez parar para mostrar uma região de arenito e para os catarinenses fazerem fotos.. kkkk



Antes de sair cada um com seus costumes, um alongando, outro no celular, outro fazendo vistoria na bike e outro fazendo fotos.. kkkk



Um pouco a frente depois do pedágio chegamos a tão falada descida de serra. Foram aproximadamente 5 km só curtindo o vento na cara.


No final da serra comentamos de fazer uma parada para carregar as caramanholas porque o calor estava apertando. O Hélio como conhecedor da região nos levou a um posto que tinha aquela bica de água geladinha.



Mais uns 10 km passamos por Campo Largo e pra Curitiba ainda faltavam 20km.
Nessas alturas o sol já estava a pino e o dia que começou nublado e com uma leve garoa acabou virando.

Quando começamos a entrar em Curitiba só queria chegar logo, pois queria comer algo e parar num lugar fresco, pois o calor já era forte.




Ao chegar no pc fui a procura de um carregador de celular e esqueci de fazer fotos (vou usar as do Maneca), comida e bebida. Acabou que não encontrei e ficaria sem bateria, ai me preocupei em não ter o trajeto salvo no strava, pois pensei que o garmin também acabaria a bateria.
Este pc não havia nada, a opção era um quiosque na praça ou uma loja de conveniência do posto de combustível.





Enquanto o Maneca e o Rodrigo ficaram no quiosque o Hélio e eu fomos no posto. Bem quando estávamos por sair o Maneca e o Rodrigo vieram nos buscar para logo sairmos para os 65 km finais. Isso era por volta de 10:30 e mesmo sendo Curitiba o calor era forte, apesar da choradeira o ritmo era bom, andamos tranquilamente por volta dos 30 km/h. Atravessamos a cidade até chegar na Av. da Araucárias com destino a Lapa.



Cruzando a região de Araucária o Maneca foi arriscar uma manobra de bike para fazer a foto com o bastão novo dele e acabou atropelando umas tartarugas que acabaram furando a camera. Paramos para o pit stop e logo seguir. Nessas alturas era o que mais o Rodrigo queria para poder tirar um pouco as sapatilhas e o pé respirar um pouco.





Seguimos até atravessar Araucária e então começar o trecho de Contenda que seria mais puxado devido as subidas.




Além das subidas ainda tinha um vento contra pra ajudar a finalizar essa difícil prova. Foi quando começamos a revesar um pouco a ponta, mas mal começamos e percebemos que o Rodrigo havia ficado pra trás. Andamos mais um pouco e ele não apareceu, então combinei com o Maneca pra aguardar ele e eu continuei pra não acabar a bateria do garmin e perder de gravar o percurso, assim esperaria eles na entrada da cidade que ali se perdesse a gravação seriam só 2 km´s.

Continuei naquele sol e com as boas subidas. Só aliviava a marcha (até onde dava, pois era speed e não mtb essa vez) e girava nas subidas, já não fazia muita força, pois ainda tinham que esperar os amigos.

Falta só um pouco

Antes da Lapa sabia que tinha que passar por um pedágio, lembrei dos nossos SOS´s da região com o patrocínio de água e café. No caminho não vi nenhuma placa de SOS ou água, mas mesmo assim resolvi parar para checar. Muito boa parada. Água geladinha pra seguir os últimos 8 km.





Na saída do pedágio a esposa do Rodrigo passa por mim e avisa que eles estão uns 2 km pra trás. Segui até a entrada da Lapa para aguarda na sombra e fazer a chegada juntos.
Durante a espera aproveitei para fazer os registros de pontos turísticos da cidade.



Esperei uns 10 min e logo chegaram os bravos guerreiros para completar o brevet.


Chegamos na praça e pra minha surpresa o garmin conseguiu gravar todo percurso.
Na praça minha apoiadora já nos aguardava para nos parabenizar.





Terminamos o brevet com 15:53 pela minha marcação e com 15:47 pela organização, é que pra varia esqueci de parar a gravação.. kkkk... 302 km e o principal, 4600 m de elevação acumulada, pesado!!





Agradeço muito esse brevet pela companhia sempre da minha esposa, pela presença do meu grande amigo de pedal Maneca por encarar esse que foi um audax bem desafiador e aos amigos do pelotinho Hélio e Rodrigo, sempre parceiros, juntos pra todas horas.

Parabéns ao DAP pelo excelente Brevet, organização, informações e cuidados, apesar de não conhecer a região fiquei muito seguro com as informações e principalmente pelas concretizações e exatidões nos detalhes. O pessoal do apoio nos pcs sempre muito animados, dispostos a ajudar e trocando muita experiência, coisa de ciclista para ciclistas. Pretendo voltar mais vezes nesse local onde fui tão bem recebido.

Ao final ainda fiz questão de bater foto com um cartaz que preparei ao amigo Hamilton que não pode vir devido a cirurgia do ombro, mas que ele e o Adelar fizeram falta nessa prova, mas que em breve espero reve-los meus grandes amigos.




Depois do Jorge L. Rovetto de 60 e tantos anos tem esse novo exemplo de 64 anos.


Obrigado a todos que me parabenizaram e mandaram msg positivas pelo facebook tb, essa energia é muito importante.

Mais info Blog do Maneca.