sábado, 2 de novembro de 2013

Audax 1000 - 24,25,26 e 27 - 10 - 13

Essa foi uma decisão difícil de ser tomada. Depois do 600, que era meu objetivo do ano, pensei em parar, pois ali o negócio já havia sido puxado, porém no final do 600 na roda de conversa com os parceiros de conquista o capitão (Hamilton, chamado antigamente de Alcides..rsss) comentou em fazer o 1000, cada um ali presente falou e não concluiu nada. 

Pois bem, passaram-se os dias e estava chegando o 1000, havia conversado com o Rodrigo, Hélio e já haviam dito que não poderiam. Ao conversar com o Hamilton o mesmo já de prontidão aceitou e agora eu tinha que cumprir minha palavra, imaginei que nosso grande companheiro Adelar tb viria, porém este tb ficou de fora. Fora isso ainda fui muito incentivado pela minha esposa que sempre me apoia e incentiva a fazer o que eu gosto, minha sempre parceira.

Depois da inscrição trocamos mais algumas palavras sobre programação e nos acertamos.
Meu receio de fazer o 1000 havia ficado para trás, pois o que era tenebroso sobre um pedal desses vai pelo ralo quando se sai para pedalar com um parceiro como o Hamilton, cara muito parceiro mesmo.



Enfim, malas prontas e pé na estrada para Floripa. Noite precedente a largar acordo no meio da mesma com roncos de trovadas e chuva na janela. Meu sono já tinha ficado pra trás pois só ficava prestando atenção na trovoada. Acordei, tomei um belo café preparado pela tia em Floripa que sempre me dá uma grande força e fomos para o Della fazer o checking.
Ao chegar lá e encontrar o Hamilton e sua equipe de apoio já fiquei animado. A chuva era o de menos.
Fizemos o congresso para alinhar as informações e nos preparamos para a largada.




Faltando 15 min para a largada começa novamente a cair uma chuva forte, alguns tentam se abrigar e outros já pilhados nem se importam.




As 08h em ponto e dada a largada, todos os 22 ciclistas largam em busca de romper a barreira dos 4 dígitos. Pra quem não achava a chuva o suficiente para se molhar a ciclovia da beira mar tinha muitos trechos com água para ajudar a manter-se mais molhado ainda.. rsss





Fomos em sentido ao primeiro PC em São Pedro de Alcântara. Apesar da chuva o tempo não estava muito frio o que ajudou bastante. Nesse primeiro trecho o grupo andou bem parelho, mesmo com todas subidas existentes. Ao chegar no PC fiquei surpreso pois a equipe de apoio já estava lá, é que as vezes o apoio se perde pelo caminho, mas tudo bem.. rsss







Este foi um PC bem rápido, só carimbamos o passaporte e saímos para o próximo na enseada de brito, mais ao sul. Até ai, estávamos somente o Hamilton e eu fazendo nosso pedal conforme combinado. Esse trecho é muito gostoso de pedalar, pois tem uma bela paisagem e permite pedalar ao lado de outra bike para ir conversando.





Ainda indo ao PC da enseada de brito passamos por uma rotatória e lá estaria nosso mais novo integrante da equipe, o Adilson. Ele estava com mais um biker olhando no GPS a localização para definirem qual lado irem. Passamos por eles e orientamos eles para virem conosco. Fomos juntos até o PC 2. Não conversamos muito durante o trecho, mas lá no PC já ensaiávamos de sair juntos. Foi ai que começou mais uma bela amizade. Inicialmente é claro os sulistas se "axegaram" depois foi minha vez de conhecer melhor nosso novo Alcides (nome fictício para um novo integrante do grupo, outro dia explico essa história).




Sob muita chuva fomos em direção norte, próximo PC em Itajaí, ferry boat, porém a distancia era longa e como nos PC´s anteriores não havíamos feito uma boa alimentação, combinamos de parar as 13:30 para comer algo. Fomo em um posto com lanchonete e restaurante nas redondezas de Gov. Celso Ramos. Ficamos na duvida de comer salgados fritos pela aparência dos mesmos e acabamos optando pelo buffet. Que boa escolha, comida muito boa e coincidência ou não o prato dos parceiros eram idênticos, macarrão e frango. Ficamos quase 1h nessa parada e logo saímos para o próximo destino.




Entramos em Itajaí, atravessamos boa parte da cidade e fomos atravessar o rio pela balsa até Navegantes, o comprovante do PC era o ticket da balsa. Como nesse PC tinha bastante trecho por dentro da cidade nosso apoio não estava disponível, até ensaiamos tirar algum peso das bikes, mas como o apoio demoraria a chegar continuamos assim.






Como a próxima parada só seria em Joinville, resolvemos fazer mais uma parada para lanche antes da tocada até Joinvas, mas essa não precisou ser tão delongada.

A travessia por dentro de Navegantes até Barra Velha não sei dizer se é melhor ou pior que pela BR, pois praia quase não se vê e o perigo de pedalar pela cidade é tão grande quanto pela BR, só não existe o barulho de carros e caminhões.
Perto de Penha aconteceu algo cômico, estava atrás de todos quando de repente um cachorro sai correndo atrás e mim, sai numa disparada e o grupo até achou estranho eu sair em disparada, depois que viram que era pelo cachorro entenderam.. rsss






No Sinuelo fizemos aquele pit stop rápido para um banheiro e pegar a água geladinha. Logo antes de sair a organização nos encontra para saber se tinha mais alguém pela frente e pra nossa surpresa estávamos puxando a ponta, mesmo não sendo o espirito do Audax, mas isso sempre dá uma moral pra continuar num bom ritmo.





A noite começou a cair e a fome bateu, meu rendimento até chegar ao Rudnick foi muito ruim, já estava sem comer mais de 4 horas e o corpo sentiu essa falta. Cheguei no posto  só pensando em comer um bauru, na verdade comi bem mais que isso, mas foi muito bom essa parada.



Na parada achei estranho não encontrar o Maneca que dize que viria ao meu encontro, mas durante o lanche ele aparece pra animar e dar aquela força e incentivo. Sempre ao encontrar esse amigão me dando força fico renovado, com sangue novo pra continuar e ir até o fim.





Terminamos o lanche e nos aprontamos para sair pois ainda teríamos uma noitada até chegar ao PC de Itapoá na Barra do Sai. Ao sair do Rudnick cogitei de irmos por dentro de Pirabeiraba sendo que sairíamos do movimento e barulho da BR 101, porém só não lembrava que para acessar a saída para a BR teríamos que rodar um pouco no estradão, mas como meus dois amigos eram muito parceiros nem se importaram, ao menos foi o que disseram, ou talvez ficaram com medo de deixarem eles por lá no desconhecido e sem nada pra ajuda-los.. rssss...  Depois de uns 3 kms no estradão saímos na br 101, um pouco antes da balança, mesmo tendo andado 2 km a mais, segundo contagens do Adilson, o trecho pareceu mais tranquilo do que se fossemos pelos morros da BR.

Na BR ainda tivemos que passar pelos estreitamentos de pista que estavam bem perigosos, por sorte tiveram bastantes caminhões que cederam o espaço para nós passarmos.
Acessamos a marginal para Garuva e o pensamento só estava num banho quente e cama, mas ainda faltavam uns 50 km até o Hotel. O trecho de Garuva fomos acelerando pra tentar chegar o quanto antes, depois logo acessamos a estrada de acesso ao porto. Que estrada mais longo, parecia não chegar nunca. Ainda próximo ao fim da estrada o pneu do Hamilton furou. 




Paramos fizemos uma troca coletiva pra adiantar e voltar ao pedal pra não perder o embalo. Nessa troca o Adilson nos indicou uma técnica de fazer a troca deitado no asfalto.. rss



Depois de tudo montado começou a chover novamente e a ventar, tudo pra ajudar.. rsss... Chegamos ao trevo de acesso a cidade de Itapoá ou ir ao porto, pelo mapa deveríamos ir a direita, mas pelo GPS era a esquerda, como o grupo ficou dividido, ligamos para organização e tiramos as duvidas. Nos explicaram e viramos a esquerda, fomo sentido ao centro da cidade. Andávamos em retas intermináveis até que em um determinado momento me encontrei na cidade e entendi onde estávamos indo. 




O Hotel era quase que na outra saída de Itapoá, atravessamos toda cidade. Ao chegar no hotel fomos logo para o quarto tomar um banho quente. Pro nosso azar pegamos 2 quartos que a água não esquentava, pensa no desespero, até que na terceira tentativa deu certo. Limpos descemos para comer uma minestra e a outra acho que era vacatolada. Comi um pouco de minestra e fui pro quarto pra descansar pois marcamos de sair no dia seguinte as 5:30 da matina.



Na sexta marcamos para sair por volta das 5:30, levantamos para tomar um café e o Capitão já estava na pontas do pés arrumando a bike para a saída, o Adilson e eu ainda nem tínhamos mexido em nada. O café não foi muito agradável, não pelo preparo, mas sim por tomar café e olhar a chuva caindo no lado de fora, nessa hora só de lembra o frio e ficar molhado novamente era desanimador, mas mesmo assim tínhamos que seguir. Nos preparamos e nos despedimos do pessoal que estava se arrumando para sair e fomos em direção a Guaratuba. Eu mais otimista até passei protetor solar imaginando que o tempo pudesse abrir.. rsss







Eram 05:45 e saímos do Hotel com a companheira chuva de sempre. Até o corpo esquentar demorou um pouco. O cansaço de todos e o desanimo com a chuva era claro, boa parte deste trecho fizemos sem trocar palavras. Começamos a conversar depois de verificar que o PC de Guaratuba não chegava, segundo as contas do Adilson deveriam ser 18 km, mas depois de encontrarmos o PC ele reavaliou e percebeu que eram na verdade 28 km. Por ser uma farmácia e ter tomado café a 1h atrás só compramos uns energéticos para termos as notas e fomos embora, próximo PC em Pirabeiraba, em frente ao posto Rudnick, mercado Degil.




A saída de Guaratuba com chuva foi algo ainda cansativo pois tem umas longas retas que parecem que o pedal não rende. Até chegar em Garuva o pedal foi num ritmo suave, mas no playground (como diz o meu amigo Maneca) o “bagulho” flui. Ali começamos a nos recuperar e andar um pouco melhor. O ruim da chuva é que não dava de andar colado na rodinha e revezar a frente, mas tinha momentos que eu colocava a cara no chafariz de água que vinha da bike do Adilson ou do Hamilton pra poder andar no ritmo desses caras.



Chegamos no mercado, por volta de 10h, que era o PC e mal começamos a fazer as fotos o apoio mais que depressa e prestativo já estava junto com a gente. Compramos algo pra pegar a nota e combinamos de ir até o Rudnick, no outro lado da BR para fazer um lanche. Chegamos no Rudnick e percebi que o Adilson não havia chego, quando fui descobrir o pneu dele tinha furado na saída do mercado e ele parou no viaduto para trocar e retornar com a gente.



No Rudnick fizemos uma parada um pouco longa, pois estava frio ainda e ficamos trocando algumas roupas por coisas mais quentes, comemos bem, pois já fazia tempo que não nos alimentávamos e recarregamos as caramanholas para seguir viagem até o próximo PC em Blumenau, que por sinal era bem longe.





Saimos do Rudnick e a chuva não dava trégua, ainda bem que o Adilson havia colocado seu corta vento em homenagem ao outubro rosa (rsss) assim pode se proteger da chuva e frio que fazia, sem contar o sucesso que fazia com o caminhoneiros que não dispensavam uma buzinada, pelo menos foi o que percebemos, pois antes dele usar o corta vento do outubro cor de rosa não recebíamos nenhuma buzinada.. rssss......

Passamos pelo acesso a rodovia do arroz mas não optamos em seguir por ali, fomos pelo caminho original. Logo na descida do viaduto da expoville o Hamilton e eu percebemos a falta do Alcides, retornamos para verificar o que tinha acontecido e la estava ele já tirando a roda com mais um pneu furado. Fizemos o pit stop em grupo para ser mais rápido e seguir nosso caminho que por sinal era bem longo ainda. 





Atravessamos mais um pouco a cidade de Joinville e próximo a curva do arroz, fura novamente o pneu do Alcides (já disse o nome real é Adilson, mas como era o novato fica Alcides..rsss). 





Nessa hora a chuva já tinha dado uma parada (mera ilusão, alguns Km a frente já voltaria a chover) então fizemos a troca com um pouco mais de calma e sempre com muitas risadas. Depois dessa parada começamos a fazer um bom ritmo de recuperação. Na BR 280 próximo a base da Petrobras ainda passamos pelo Della e o Jorge com um pneu furado tb.


Na lombada eletrônica do caldo de cana de Massaranduba ou Guaramirim ainda, meu pneu dianteiro abre um furo devido uma subida mal sucedida no asfalto, paramos logo em seguida pois como há selante na câmara resolvi tentar vedar o furo, porém mesmo tirando o arame do pneu ainda não vedava, pedalei mais um pedaço e desisti de tentar vedar o furo, parti para troca da câmara para não perder mais tempo, porém agora estaria com uma câmara sem selante.





Ao acessar o trevo de acesso a Massaranduba e Blumenau a atenção foi redobrada pois ali por ter muito movimento é muito perigoso.
Como já havíamos andado mais de 60 km desde o último PC, resolvemos fazer uma parada rápida no posto do trevo de acesso ao atalho (São João do Itaperiú) só para pegar uma água  usar o banheiro e partir, logo antes do trevo passa pela gente o Jorge e o Della num ritmo de recuperação.




Depois dessa parada a pedalada até continuou num ritmo bom, 25 km/h, porém já estávamos novamente em silêncio. O Adilson e eu ainda trocávamos alguma palavras, mas o Hamilton estava de cara fechada, parecia não estar muito bem.




Nesse trecho, depois do meu pneu furado, começou a andar com a gente o Maicon (Carioca), esse cara sempre estava bem humorado, em contra partida nosso capitão ainda estava com cara fechada. Comentou algumas vezes em estar com azia, ânsias, mas achei que estava controlado, porém depois de chegarmos ao PC de Blumenau, soube que ele estava muito pior, quase que querendo desistir. No PC, por volta de 16h, novamente fomos recepcionados pelo nosso sempre disposto e ágil apoio. Enquanto fui rapidamente para lanchonete o Capitão foi receber umas palavras de motivação da equipe técnica (entende!?). Tão logo encontrei com ele novamente já estava com outro ar, estava com vida no rosto novamente e sangue nos olhos para continuar. 






Antes de sairmos do PC chegou uma turma onde o Guilherme (carinha muito simpático e querido, de Arthur Nogueira) não aguentou mais, estava desistindo, muito pneu furado e fortes dores. Pra quem está ali vendo isso é um pouco triste a situação, mas temos que levantar a cabeça e continuar, ainda mais tomando mais cuidado para não chegarmos ao mesmo ponto e desistir.







Terminamos de nos arrumar e saímos em direção a Pomerode, ficar ali vivendo a situação de desistência de um parceiro não nos faria bem, iria tirar nossa energia. O trecho até o acesso a Pomerode sempre com muita atenção pois a 470 é sempre muito perigosa. Neste trecho se juntou mais um parceiro com a gente, foi o Douglas de Franca-SP.



Entramos na rodovia de Pomerode e não conseguia parar de pensar na serrinha que ainda teríamos que encarar.




 Nesse trecho com a renovação no animo que o Hamilton deu no PC, conseguimos fazer bem rápido, são 16 km até chegar de fato em Pomerode, mas pra castigar um pouco tem um trecho de calçamento. Nesta parte o Douglas e o Alcides ficaram um pouco para trás enquanto eu e o capitão seguíamos, como era um trecho simples sem chance de se perder, fomos até o portal para esperar os dois. 




Nesse meio tempo o Hamilton foi usar o celular e ao guarda-lo no bolso só escutou um barulho de algo caindo ao chão, sem sombras de duvida foi o celular. Apesar de trincar toda a tela o mesmo ainda funcionava, para alegria do Capitão.
Paramos no portal, fizemos uma foto e logo apareceram o Adilson e o Douglas. Seguimos junto com um só objetivo, atravessar a serra e seguir para Balneário Camboriú.
Estava com fortes dores no joelho e fui avisando o pessoal que poderia demorar um pouco, mas para minha surpresa os caras também estavam só girando, então não demorei muito. Agora vem a parte boa, vamos descer, porém como estava chovendo e estávamos com pneus lisos era muito perigoso arriscar se soltando na serra. Dei uma segurada na curvas, mas nas retas não perdoei.


Depois do portal de Jaraguá, perto do Gunz alimentos onde tem uma emenda de calçamento escutei meu pneu traseiro vazar selante, ou seja, havia furado, como estava no calçamento pensei que seria difícil do selante vedar e optei por parar logo ao posto que tínhamos ao lado para trocar. 



A troca foi praticamente executada pelo Hamilton, fiquei mais no apoio, observei o furo da câmara e percebi que ainda teria recuperação. Montamos a roda e já saímos pra não perder muito tempo, já eram quase 20:30 e tínhamos um PC em Guaramirim antes do PC do hotel em Balneário. Não demorou uns 2km já senti o pneu balançando novamente, puts mais um furo? Por sorte novamente estávamos ao lado de um posto, entramos e fomos verificar o que poderia ter saído de errado. Ao desmontar a roda o Hamilton comentou que eu tinha passado por um ouriço, pois o pneu estava cheio de farpas e arames. Expliquei pra ele que por ter selante na câmara poderia haver mais sujeira do que só uma, e como na parada que fizemos a primeira troca ele encontrou um arame e já montou o pneu, os demais ficaram e furaram, mas tudo bem, agilizamos os trabalhos e seguimos pela ilha da figueira até o PC no posto Guaramirim. Embalamos um ritmo muito bom pela ciclovia da ilha da figueira, até que o Hamilton percebeu o pneu dele furado. Atravessamos a rua para um local seguro e lá vai a equipe trabalhar para fazermos um bom pit stop. 



Essa parada tivemos até direito a lanche cedido pelo Carioca, ganhamos um bombom, talvez pelo bom trabalho, sei lá.. rssss

Chegamos no PC e nos preparamos para o lanche (seria a janta já!) sentamos, comemos, conversamos das dificuldades, enfim, tudo sem correria. 



Neste PC já cheguei com meu GPS desligado, acabou a bateria, como tentei carregar e ele não abriu mais a tela para uso não fiz mais questão de usar, fui rodas sem orientação de hora, velocidade, distancia, etc. Na saída do PC começou a cair chuva forte novamente, isso contribui um pouco pra demorar em aquecer o corpo, mas nada que umas esticadas não ajudassem, até mesmo o morro da Weg química nessa alturas foi bem vindo. Na saída para BR 101 o sono pegou a turma, o ritmo caiu e fomos nos arrastando até o SAU de Barra Velha da auto pista. Ali o pessoal resolver fazer uma parada de emergência pois o "bagulho estava nervoso". Tomamos água, café, comemos, usamos os banheiros e aproveitamos pra tirar uma soneca, na poltrona ou na calçada, estava valendo tudo nessas horas.









Combinamos de voltar a estrada a 1 h da manhã, com um pouco de atraso saímos as 1:15. Todos renovados começamos mais um pouco da pedalada até BC, entretanto perto de Itajuba meu pneu traseiro fura novamente. Essa parada foi mais uma quebra geral no psicológico da turma. Fizemos a troca e saímos. 



Nessas alturas o Douglas estava mal da panturrilha e nas paradas já se deitava pelo asfalto, o Adilson com seu jeito discreto ainda mantinha o bom humor assim como o Carioca, porém ainda era perceptível o cansaço, somente o Capitão que novamente estava de cara fechada e parecia querer chegar mais rápido que ninguém. Saiu na frente ele e o Carioca, até que perto de Navegantes só estava o Carioca, o Hamilton havia se mandado, fiquei preocupado e sentido  com a baixa dele, mas também entedia que poderia estar acontecendo algo e para isso teve que nos deixar para ir na frente. Ao longo do caminho o Adilson fazia sua boa ação me dando um empurrãozinho nos morrinho pra eu não ficar tão pra trás.

Fizemos mais uma parada somente no acostamento mesmo em Itajaí para o Douglas aliviar as dores e seguimos, logo avistávamos a primeira placa de acesso a BC, km 131. Ao mesmo tempo senti um “calombo” no pneu traseiro, parei para olhar era um baita parafuso. Pit stop na chuva, agora sem a boa e eficiente ajuda do Hamilton, mas os recrutas devidamente preparados conseguiram fazer um rápido e bom trabalho para partir logo para o hotel.



Chegamos no hotel por volta de 04:30. Já havia gente acordando e se preparando para sair na relargada as 5h. Havia o buffet de sopas, porém nem queria comer, só queria descansar. Enquanto entregávamos os passaportes pra Rafaela carimbar o Hamilton veio do quarto para conversar com a gente sobre o porque da saída dele apavorada na nossa frente.



 Realmente ele veio na frente por estar precisando chegar logo e se houvesse mais algum imprevisto ele desmontaria. Acertamos os detalhes para a saída do dia seguinte e fomos dormir. Deitei na cama já passavam das 05:30.

Coloquei o despertador para 07:15, levantei e já fui tomar um bom café porque o dia que viria seria longo.



Acordei um pouco mais cedo que a turma para fazer uns reparos na bike. Quando comecei a trocar o pneu da bike, para colocar o pneu reserva afim de evitar furos, o Hamilton já apareceu para ajudar, enquanto isso eu ia fazendo o remendo da câmara com selante para usa-la novamente neste pneu. No meio dessa atividade aparece nosso reforço não menos importante para nos dar um apoio. O Adelar viajou a noite toda para estar logo cedo com a gente e nos acompanhar. 





Nos cumprimentamos e ele já foi querendo ajudar no nossa troca de pneu. Fiquei muito feliz com a vinda dele pra dar uma força, esse cara é sempre alto astral. No término do serviço os parceiros já estavam acordados e logo nos prontificamos a sair. 




Enquanto esperávamos o pessoal agrupar a chuva voltou a cair, era batata, colocar o pé na estrada e a chuva caia. Não tinha solução, era encarar ou desistir, pois a chuva já era parceira de pedal tb.. rsss...
Saímos bem pela manhã em sentido a Itajaí onde estaríamos indo até Gaspar, porém uns 5km antes de Itajai a primeira boa do dia, o pneu do Adilson furou. O meu parafuso da noite anterior foi grande, mas o dele dessa manhã ganhou do meu.




Trocas de pneu executadas e pé na pista, a todo vapor seguimos para BR 470 pra ir até Gaspar. O PC de Gaspar deveria ser de 40 km do PC de BC, porém no início da BR 470 tem uma placa informando 27 km até Gaspar, sendo que já tínhamos rodado 23 Km do PC até ali. Achei estranho, mas pensei que fossemos pegar algum acesso anterior ao do informado na placa. Como a conversa fluía já nem dei bola, ainda pra descontrair o Carioca distribui biscoito recheado, como espécie de café da manhã, muito legal.

Subimos a serrinha e na descida o pneu do Douglas furou, paramos para ajudar e o Carioca e Hamilton deram apoio (esse Hamilton sempre pronto pra ajudar, tem um grande coração), enquanto isso eu e o Adilson ficamos trocando algumas palavras e fomos avaliar a situação de km, PC´s quando percebemos que estamos na estrada errada. Era pra estarmos na 470, porém na SC 470 e não BR 470. Quando tirei minha duvida com a organização do evento falamos só em 470 talvez por isso nos confundimos. Esse erro nos custaria quase 20 km a mais. Quando o pessoal terminou o serviço contamos o acontecido e foi nítido o desanimo de todos, porém não tinha o que fazer, voltar era pior, agora tínhamos que seguir e se possível achar algum atalho para encurtar.





Como estávamos demorando muito o apoio já estava ligando pro Hamilton e cobrando nosso demora. As vezes ele não dava bola, mas as vezes  se chateava, nessa hora com trajeto errado e cobrança já estava pirando, até que o Adilson encontra um atalho, porém era de calçamento, e pelas minha contas só faltavam 2 km até o acesso de Gaspar, optamos em continuar pela rodovia e logo depois de uma curva avistamos a igreja de Gaspar. Só de saber que já nos encontramos no trajeto já voltou a animação e o gás para pedalar.




Atravessamos o rio, pedimos algumas informações e logo estávamos no PC de Gaspar. Na chegada aquela festa pelo apoio que já estava esperando um bom tempo... rsss... Antes de pegar recibos fomos almoçar ao lado do posto do PC. Que comida boa que tivemos nessa parada, um buffet sensacional. Eu como quase não como, aproveitei bem a situação. Por falar em comer tive que reparar bem nas tantas repetidas de sobremesa do Adilson, esse gosta de um doce, energia.. rsss





Voltamos ao PC, o Peixoto estava por la, aproveitamos para garantir o carimbo, fazer mais um pouco de zoeira e saímos. Nesse PC ele avisou que em Brusque não precisava ser o posta da Havan, poderia ser qq um. Aproveitei para usar um atalho e encurtar um pouco a situação, visto que já tinhamos rodado alguns Km a mais.






Em Brusque estariam me esperando o Maneca e o Jefo, foram pedalando e me esperavam desde as 8 da manhã. Avisei por torpedos sobre meu atraso e ida primeira a Gaspar, mas não sabia se estariam pela área ainda, pois era 13h já. No caminho entre Gaspar e Brusque aparecem 2 malucos apitando, nem imaginei que fosse eles, pensei que fosse algum participante do Audax, mas ao se aproximar e escutar os gritos tive certeza que eram meus amigos. Mais uma vez fiquei extasiado e feliz com a presença desses caras, isso nos da uma força, renova a energia, temos um gás novo pra pedalar. Até o Adilson comentou que se animou pela presença deles. O Hamilton só se assustou um pouco com o linguajar e o método, mas tb aprovou. 







Pedalaram com a gente por uns 5 km e tiveram que retornar, pois já estavam muito tempo fora de casa e retornariam por Blumenau. Nos despedimos e seguimos ao nosso PC.

Atravessamos o rio e logo no acesso a rodovia de saída de Brusque já encontramos um posto para carimbar nossa passagem. Nessa parada o Douglas precisa refrescar a cabeça e foi o que literalmente ele fez.





Ao sairmos fiquei muito feliz que tínhamos passado todo caminho que haviam as lojas movimentadas de Brusque, de fato estávamos quase no inicio da rodovia. Nessa hora o Hamilton quis puxar um pouco e eu não podia deixar meu capitão pra trás, colei na rodinha e só berrava se ele sumia na frente. Percebemos que abrimos um pouco em relação ao Adilson, mas como ele vinha acompanhado e o trecho não tinha erro optamos em seguir na velocidade e depois esperar na saída da rodovia com a BR 101. Nas tantas retas da rodovia um fato me marcou e me deixou mais ainda encantando por essa figura que é o Hamilton. O caro olhou pra reta e disse, “Vou te contar uma história”. Esse é um trecho que não gosto da estrada, mas com a história de vida que ele vinha me contando e a confiança que ele depositava em mim por poder se abrir, sei lá, nunca questionei ele por nada, mas o fato dele sentir confiança e poder se abrir realmente foi muito marcante e com certeza mais um motivo pra eu admirar e gostar mais ainda desse queridão (como ele mesmo chama as pessoas). O papo bem terminou quando terminou a reta, ou seja, já estávamos quase na BR 101.

Paramos no posto antes da BR para aguardar os amigos que ficaram para trás. Não demorou muito logo apareceram o Douglas e o Adilson, comentaram que já haviam parado em um posto anterior então logo continuamos pois estava esfriando e a chuva continuava a cair.
Combinamos de fazer uma parada para um lanche em um posto antes do morro do boi para recuperar as energias e depois sim seguir direto até o próximo pc em São José. 

Ao passar por BC relembramos o dia anterior que estávamos eufóricos por acessar a marginal e ir ao hotel, nessa conversa eu e o Adilson se empolgamos e nos "engalfinhamos" os bar end, nessa hora rolou um apuro de ambas as partes tentando soltar sem ngm cair e nem ser jogado para pista ou para grota. Ainda bem que deu tudo certo, conseguimos nos soltar sem maiores problemas.




Na parada no posto enquanto comíamos nosso amigão Adelar se preparava para nos dar uma moral pedalando junto com a gente na chuva e no frio que fazia, pois o vento ali era de cortar.

Depois de muitas fotos, brincadeiras e muitos cafés de cortesias (Hamilton), seguimos nosso rumo, porém ainda antes da saída um telefonema para nosso capitão pareceu tirar a alegria dele, talvez tenha sido impressão minha, mas ele perdeu um pouco o brilho nos olhos, mas enfim, continuamos mesmo assim.

A subida do morro do boi sempre muito gostosa, eu sempre me mato de girar, no Audax mais ainda, pois não faço muita força para sobrar pros outros km´s. Como tudo que sobe desce, a descida foi mais louca ainda, descemos e logo estávamos em Itapema terrinha da amiga Fernandinha sempre a disposição para ajudar, dar bronca e até dar lição de moral em qualquer momento sempre ao nosso lado tb.

No finalzinho da passagem de Itapema ia o Hamilton na frente, eu e o Adelar conversando e atrás o Adilson e o Douglas. Nesse momento passa um caminhão pela gente e só vemos um objeto caindo do mesmo e rolando em direção ao Hamilton, na hora me deu uma sensação de incapacidade, pois não consegui avisar, não conseguiria fazer nada para evitar a colisão do objeto, bem grande por sinal, com ele. Apesar do desespero meu e do Adelar que assistíamos tudo de camarote o objeto bateu bem no meio da bike, na verdade no pedal, por sorte só desestabilizou um pouco a bike e o Hamilton consegui segurar sem cair. Ao chegarmos ao encontro dele, pensa num cara branco e assustado sem saber o que tinha acontecido. Quando fomos verificar era o tanquinho de água do caminha que havia se desprendido e acertado ele em cheio.

Nessa parada o carioca nos alcançou e seguiu com a gente novamente. Conversando com ele, ficamos sabendo que havia um PC em Balneário. Seria no posto na mesma saída do hotel do dia anterior. Ficamos com receio de não validar nosso passaporte por esse inconveniente, mas tínhamos provas de ter passado por ali pelas fotos do posto seguinte que paramos, antes de subir o morro do boi.

Na sequencia mais uma obra e estreitamento de pista em Porto Belo o Douglas cai ao subir do acostamento para a pista, a situação estava ficando complicada. Ali ele ralou a perna e machucou bastante os dedos. Tentamos convencer ele para ser atendido pelo SOS da Auto Pista, mas ele insistiu em continuar do jeito que estava. Continuamos a rodar e em menos de 3 km o Hamilton tb rola no asfalto, mas do nada agora, fomos dar uma força pra ele e ele não soube explicar o que houve, com tantos tombos já comecei a me preocupar com nossa segurança, será que na reta final (faltando 150 km) começariam a acontecer desgraças?? O Hamilton se recuperou e continuamos nosso pedal, fui em alguns momentos rezando e em outros refletindo sobre os acontecimentos, em certos momentos atribuía o telefone que o Capitão recebeu que estava ocasionando tudo isso, pois dali em diante a alegria dele foi embora e as desgraças começaram a acontecer, mas por sorte o Anjo da Guarda desse cara é forte (e é merecido mesmo).



De Tijucas até o PC do posto Marquinho fui puxando o ritmo a frente, isso tudo porque estava querendo muito chegar para ver minha linda esposa que iria estar lá pra me dar mais forças e pra matar um pouco da saudades, pois já estava longe dela desde quarta. Fizemos uma parada para um pipi stop antes da PRF de Biguaçu e continuamos a mandar ver.

Chegamos em São José no PC e logo fui procurar minha neguinha. Tadinha, estava la na chuva me esperando. 




Logo dei um cheiro nela e avistei a tia Nete que sempre me acolhe nas minhas empreitadas, me da comida e teto. Fomos para conveniência, peguei algo para comer e beber e fui tentar buscar um pouco de energia com minha esposa e minha tia. Enquanto isso o Douglas só nos pedia para irmos logo pois seu ferimento estava esfriando e seria pior para ele. Enquanto isso o Adelar enquanto arruma as bikes verificou que a bike do Hamilton estava com o pneu furado e já prontificou a troca da câmara.









Tudo muito bom, mas tínhamos que seguir o rumo, pois faltavam 100 km ainda.
Saímos do posto em direção a beira mar de São José e antes de chegar de fato na beira mar o pneu do Hamilton furou novamente. Ali foi complicado pois estávamos começando a esquentar o corpo, mas enfim, essas coisas acontecem e logo paramos para ajudar o queridão do capitão. Nesse momento o Adilson resolveu devolver uma câmara emprestado pelo Hamilton. Montamos a câmara e ao encher o pneu percebemos que a câmara estava furada, bem engraçadinho o Adilson em ficar tirando onda com o Capitão.. rsss.. Foi sem querer é claro, mas foi o suficiente pra quebrar o gelo da ansiedade do momento. Rimos bastante e enquanto fazíamos a nova troca do pneu o Douglas por estar com muito frio usou seu cobertor térmico para se aquecer, mas foi muito engraçado que ele até se ajeitar com o cobertor ficou puxando e arrumando, sei lá como explicar essa parte. Bem, voltamos pra estrada. Depois dessa parada não consegui mais sentar no selim, fui pedalando em pé até o PC no Campeche. Mesmo forçando o joelho já doendo ainda era melhor do que tentar sentar no selim. Essa pedalada em pé não forçou somente o joelho, mas o ombro também. Fui dosando as dores pra poder chegar até o próximo PC e trocar meu selim pelo reserva que tinha levado (tb conhecido como sofá cama.. rsss). 

A reta de acesso ao Campeche estava muito perigosa de pedalar, pois a estrada é ruim, era escuro e estava chovendo, depois de ver tantos acidentes com amigos avisei ao pessoal para irmos com calma e observando bem a estrada. Por sorte e precaução chegamos todos bem no PC 14 no Campeche. Ali já estava difícil de comer ou beber algo, o corpo estava saturado de tanta loja de conveniência, porém pra não deixar faltar nada acabamos tendo que comer. Depois ainda fui trocar meu banco pra poder voltar a sentar e tirar a carga do joelho. Durante nossa arrumação pra saída mais algumas fotos pra descontrair esse pessoal nada animado, saiu até uma coreografia de não sei o que nas fotos.. rssss. 







Seguimos agora sentido norte da ilha, mas ainda teríamos que atravessar a barra da lagoa, subir o mirante da praia do mole, que por sinal ao chegarmos la em cima o pneu so Hamilton furou novamente, mas foi engraçado que paramos para acertar detalhes e antes que ele fosse fazer projeções comentei pra ele primeiro trocar o pneu pra depois fazer as programações, já baseadas com a troca do pneu.. rsss... 



Nessas alturas já nem tínhamos pressa para troca de pneus, era cansaço com sono, com tudo batendo, parece que quanto mais perto do fim, mais pesava, bem diferente do final do 600 que quanto mais perto do fim, mais andávamos.
Tudo pronto, descemos o morrinho e se encaminhamos ao longo e demorado Rio Vermelho, nessas alturas nem me importava se gostava ou não do trecho, só pedalava pra chegar logo. 

No final do Rio vermelho onde temos que pegar a estrada de lajota para acessar outro trecho de asfalto parei e avisei o pessoal que precisava trocar a bateria do farol que tinha acabado. Enquanto pegava a bateria o pessoal foi sentando no chão, alguns até deitaram, era o que eu queria, terminei a troca, que é bem rápido e fui ao chão também, lembro que apesar do horário ainda passavam carros, no primeiro ou segundo alguns de nós tivemos que nos deslocar um pouco pro canto da rua, mas depois acho que ficamos uns 10 min ali largados na rua. Na hora de voltar a pedalar com o corpo já frio foi difícil, depois dessa parada comecamos a nos arrastar, nem os cachorros queriam correr atrás de nós, mas se bem que me lembro o Hamilton sofreu um quase ataque onde teve que tirar energias pra fugir e gritar, “em mim não!!!” hehehe.... Depois do Costão o animo voltou um pouco, pois era uma boa descida até o começo dos Ingleses, então nos recuperamos um pouco.

Ao acessar a avenida do Ingleses achei estranho o PC (posto Sulcar) não estar aberto, pensei que estava confundindo os nomes, então seguimos ao próximo posto que fica mais ao final da avenida. Pra nosso sorte estava aberto e fomos nos informar sobre o Sulcar, descobrimos que o posto estava fechado para reforma, mas enfim, segundo a organização na falta de um valeria outro próximo, então nós literalmente posamos neste posto, pois entramos na conveniência, comemos algo e acabamos dormindo, cada um em um canto. O Adilson e o Carioca ficaram na mesa mesmo e eu deixei num deck que havia. Só não vi o Capitão por onde estava, mas os recrutas pra variar estavam juntos. 






Depois de um tempo acordamos e já avistávamos os raios de sol. Começamos um a animar o outro para seguir nos últimos 25 km. Combinamos de aliviar todo o peso pra poder ganhar em rendimento. Nesse hora quando falei de tirar meu alforge o capitão me ofereceu um de seus cavalos para continuar na batalha. A hora que olhei para aquela bike de carbono albina, já deu uma animada, quando fui dar um giro para verificar se daria certo, não tive duvida, troquei a identificação e confirmei a ida com a bike dele. Nessa hora enquanto o Adelar preparava a speed do Hamilton verificaram que o pneu também novamente estava furado e rapidamente fizeram a troca.
Encerramos nosso passagem pelo PC fazendo uma foto de todos um pouco mais renovados e seguimos em frente.




O Adilson e o Carioca demoraram um pouco pra sair e acabamos ficando eu e o Hamilton mais a frente, estava ainda me adaptando na bike nova, então não me permiti muitas manobras arriscadas, mas mesmo assim fazíamos um ritmo frenético, apesar de estarmos sem o velocímetro para acompanhar tenho certeza que beirávamos os 30 km/h. a vontade de chegar era grande.
Ao invés de entrar no João Paulo acabamos indo reto e subindo o morro, nessas horas nem pensava em girar, colocava na pesada e força na perna pra chegar logo la em cima. Descemos o morro e foi só alegria, pois logo estávamos na passarela. Subimos e aguardamos o Carioca e o Adilson chegarem para então seguirmos juntos. Nessa parada aproveitamos pra dar uma hidratada, que por sinal o Hamilton me ofereceu um gole de uma mistura dele que era pior que xarope, segundo ele estava uns 2 dias ali na garrafa já.. rsss... Pra varia fizemos umas fotos e não tinha como não escondermos o sorriso no rosto de satisfação por estarmos tão perto do fim.




Logo avistamos o Carioca que já estava querendo cruzar a pista, mas logo nos observou e veio para a passarela. Com o Adilson foi mais tranquilo, o mesmo já nos avistou e foi direto para passarela.
Atravessamos a primeira passarela e depois passamos pela segunda, onde nesta esta sendo feito o registro oficial dos encerramentos do Audax Floripa.




 Descemos e seguimos até o Della Bikes, nessa hora cada um ficou um pouco silêncio, sei lá o que eles pensavam, mas na minha cabeça rolava um filme de tudo que vivemos nesses dias, muito bom mesmo!

Ao chegar no Della já avistei minha linda esposa me esperando, a equipe de apoio, a tia Nete, enfim, ai foi só correr, quer dizer pedalar para o abraço. A organização e o pessoal, que já havia chego, sempre dão aquela moral na chegada com palmas e assobios.



Ainda na chegada tivemos um bolinho surpresa pro nosso Capitão que completou seus 36 anos, mais fotos, discursos emocionantes e a carne assada feita pela organização, tudo muito bom.





Quero muito muito agradecer essa conquista a pessoa mais valiosa pra mim e que se não fosse por ela não teria encarado esse caminho até os 1000 km, minha sempre maravilhosa esposa, muito obrigado por tudo!!





Quero agradecer muito tb a parceria do Hamilton, Adelar e Fernanda, desde o audax 600 e agora no 1000. Espero que por muito mais que somente em Audax, possamos estar juntos, considero vocês meus irmãos do sul. Pensa num abraço gostoso!!!



Não posso esquecer da grande amizade selada com outro sulista muito legal, o Adilson (mais recente Alcides.. rsss). Outro cara parceiro do inicio ao fim, sempre acompanhando, dando força, uma pessoa indescritível, muito 10,ou depois dessa um cara 1000.

Agradeço ao meus sempre amigos e parceiros de Joinville que foram me dar apoio no caminho e no Rudinick, o Maneca e o Jefo.

Obrigado ao Daniel pelo alforge que foi muito útil.

Cezar que ficou fazendo apoio ao seu amigo, mas não negava ajuda aos demais participantes.

A todos os participante que de alguma forma ou outra contribuíram para essa festa.





Obrigado a organização pela atenção e preocupação pela segurança de todos os participantes.

Quando pensei em fazer o 1000 achei que faria e nunca mais gostaria de fazer, mas pelo contrário, isso já deixou tanta saudades que já penso no próximo.

Resumo do pedal:



5 comentários:

  1. Parabéns Cabelo por mais essa conquista. Eu e o Maneca combinamos de fazer essa série em 2014, contamos com a sua presença. Abraço.

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  2. Cabelo, tudo que aconteceu nesses 4 dias parecem coisas de 1 ano inteiro de muitas aventuras diferentes... É cansaço e emoção a flor da pele, que só amigos de verdade conseguem sobreviver e atingir o grande objetivo. Parabéns e segue em frente que tem muita estrada prá pedalar na tua vida!

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  3. Parabéns pela conquista. Toda essa história de aventura daria um livro. Abraços.

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  4. Parabéns pela conquista e pelo relato.

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