terça-feira, 22 de abril de 2014

Fleche Brasil - 18 - 04 - 2014

Neste feriado da Páscoa ocorre mundialmente o Fleche Velocio, evento do Audax Club Parisien onde equipes de 3 a 5 atletas percorrem um minimo de 360 km em 24 horas.
Apesar das dificuldades do dia a dia estava desanimado e desistindo de fazer, mas com o apoio da minha esposa e de dois dispostos irmão que tenho no Rio Grande do Sul que se deslocaram mais de 600 km, não tinha como não me animar e sair pra mais um pedalzinho.

Traçamos uma rota saindo de Curitiba, sentido Br 277, litoral paranaense, Itapoá, Garuva e Br 101 até Floripa. Essa roto ficou com aproximados 380 km.

Dormimos em Joinville e saímos as 8 da matina de sexta para Curitiba. A largada seria as 10 horas, porém pegamos tanto movimento e acabamos atrasando a saída.




Chegamos em Curitiba e ligamos para organização avisando e mudamos nosso horário para saída as 11 horas. Nos aprontamos rapidamente e logo largamos.



Todos estavam enjoados de tanto andar de carro e só queríamos cair na estrada e pedalar um pouco pra soltar as pernas.
O dia estava muito lindo, aberto com um sol forte, caprichamos no protetor porque o negócio ia esquentar.
Os primeiros km´s até o primeiro pc (54 km) foram super tranquilos, maior parte do trajeto só descida.







Chegamos ao PC1 mais cedo que o previsto, mas esse tempo nós descontaríamos com a parada. Devido o feriado da sexta da paixão não iriamos comer carnes, então foi difícil encontrar algo para comer, principalmente salgado. Nesse pc tinha um bolinho de carne muito cheiroso. Pegamos alguns salgadinhos e uma coca gelada, pra seguir as tradições e fazer o jejum da carne.
Pra nossa surpresa nosso apoio ainda não estava no PC, achamos estranho, mas enfim, depois de uns 10 min minha linda esposa aparece, um pouco assustado e misteriosa, sem querer nos contar o ocorrido.. hehe... Ainda bem que ela ainda tinha uns pães e ovo na caminhonete para comermos, foi unica coisa boa que comemos.


Saímos desse PC em Morretes e fomos para o próximo destino de parada que era Matinhos. No meio do caminho paramos no SOS da Ecosul para pegar uma água gelada.



Agora saímos da BR 277 e seguimos por uma rodovia estadual, cheia de retas interminaveis, mas que pra minha surpresa rodamos muito bem. Também, com esses dois carinhas não dá pra respirar, se não fica pra trás.







Chegamos em Matinhos e ainda tivemos que procurar algum lugar para a parada, pois na rota não havia definido local. Quase no final da rua pré definida para parada, encontramos um supermercado e resolvemos encostar ali mesmo.





Neste PC ficamos na mesma duvida do que comer, pela restrição do cardápio devido o feriado.
Fizemos um lanche, e logo fomos nos preparando para a noite, faróis, colete, lanternas, e roupas de frio.
Saímos para atravessar a baia de Guaratuba de balsa e depois continuar a pedalada.





Daqui até o Rudnick o bagulho foi frenético. Lembrei muito do Manecão que gosta de andar nesse trecho. Foi o que fizemos, revessamos a ponta a cada 15 min, a média aqui não caiu de 30 km/h.



Tão logo chegamos em Garuva e pegamos a Br 101 ai o que estava bom ficou melhor ainda. Continuamos com a mesma tocada.
Chegamos no Rudnick e o apoio se espantou com nossa rapidez pra chegar até ali, porém como fizemos um bom tempo agora teríamos que parar um pouco mais para não adiantar muito o cronograma, pois o evento são 24h e não menos e nem mais.
Aguardamos alguns minutos e o apoio chegou com uma baita e deliciosa surpresa. Uma macarronada com legumes. Era o salgado que precisávamos para nos nutrir e poder virar a noite pedalando.





Aqui aproveitamos para carregar os eletrônicos, pegar algumas roupas para o frio e se preparar para rodar 100 km sem o apoio, demos descanso para nossa motorista mais que especial, além do que ficar a noite sozinha pela rodovia pode ser muito perigoso.



Obvio que também pegamos aquela água 0800 dos pedais semanais.

Logo saímos do Rudnick e até o corpo esquentar novamente demorou um pouco, mas não deu muito tempo para o esquenta e logo o primeiro furo. O Adelar furou na subida do morro da bica, logo depois do acesso ao distrito industrial. Fizemos um rapido pit stop e logo seguimos viagem com uma linda noite e uma maravilhosa lua nos acompanhando.


Aqui o pedal já não fluía como em outra hora, mas estávamos dentro do nosso planejamento. No primeiro momento pensamos em parar em Barra Velha no SOS da auto pista, mas como ainda todos estavam inteiros resolvemos tocar até o próximo PC em Piçarras.

Ali tínhamos bastante folga, então foi mais uma parada sem se preocupar com tempo.
Não conhecia o lugar, mas ficamos bem satisfeito com as opções de comida (salgados) e bebidas.
Enquanto eu e o Hamilton fomos pra dentro procurar coisas para comer e beber o Adelar resolveu tirar uma sonequinha.




Nessa parada havia um frentista muito conversador e "zolhudo" também, pois comentou de furos de pneus e acabou não dando outra. Quando o Hamilton pegou a bike para sairmos o pneu traseiro estava furado. Com muita tranquilidade fomos aos trabalhos. Durante a troca foram 2 cameras até acertar, pois uma camera rasgou em contato com a espatula, outra estava rasgada perto do ventil e por fim uma boa.. hehehe...
Devido a esse pneu ficamos um pouco mais que o programado, mas tudo certo, o que importa é se divertir.


Saímos do PC em direção ao próximo objetivo que seria um pit stop no SOS da auto pisto de Porto Belo.
Nesse trecho ainda estávamos de mangas de fora.

Na estrada o ritmo foi light, mantemos uma média entre 28 km/h, mas bem de boa, nada muito rigoroso.
Esse trecho achei que seria um pouco mais perigoso devido o horário e a vida noturna na região de Balneário e região. No inicio de BC acabou minha bateria do farol (emprestada pelo Pelinha), a reserva tinha deixado no carro, mas por sorte o Adelar tinha uma e mesmo os plugs não sendo iguais acabou dando certo.
Em BC ainda tínhamos o "grande" morro do boi para atravessar, mas foi tudo tranquilo, jogamos marcha pra cima e vamos girar pra não forçar.
O frio já era tanto por volta das 3 e pouco da manhã que a descido do morro nem deu vontade de forçar, pelo contrario era até de ir mais devagar para não pegar tanto vento.

Chegamos no SOS da auto pista e encontramos a equipe da Rafaella, Ayrton, Pasquin e mais outros 2 que não lembro o nome. Eles já estavam de saída, então só trocamos umas palavras e logo foram.


Entramos no SOS, mas devido o ar estar ligado, la dentro estava mais frio que na parte de fora. O Adelar acabou colocando o corta vento para ir dar uma dormida la dentro. Acabei fazendo o mesmo, mas não sei se dormi.

Na saída não tinha como ir sem o corta o vento. Estava muito frio. Depois de quase 1 hora parados ali resolvemos sair. Era por volta de 5:30 da manhã e tínhamos uns 40km até chegar ao ultimo PC, o qual só poderíamos sair as 9 da manhã (devido regulamento de prova).



A medida que o dia foi clareando o ritmo foi melhorando.
Pra variar, tivemos o espetáculo da natureza ao nascer do sol. Apesar de não estar onde eu gostaria, ainda assim tivemos belas imagens.



Melhor corta vento do mundo, estreando muito bem um presente de um grande amigo.



Chegamos em Floripa por volta de 7:30 da manhã. Fomos procurar uma panificadora para tomar um café da manhã e aguardar nosso carro de apoio que ficou em Joinville descansado (merecido).


Na panificadora já nem fazíamos pedidos separados o que um escolhia já era triplicado para toda equipe. Tomamos café, comemos bauru e aproveitamos pra dar uma ultima carga nos eletrônicos para não perder nenhum  registro.



Equipe pronta, descarregamos todo peso no carro e fomos somente com o necessário para os últimos 30 km em 2 horas, será que estava tranquilo? hehehe.. Aproveitamos para apreciar a bela paisagem da beira mar continental e fazer umas fotos com o fundo da ponte Hercílio Luz.


O negócio estava tão dominado que na subida pra passarela da ponte o Hamilton nem queria saber de pedalar, foi empurrando mesmo.. hehehe



O dia prometia esquentar e foi o que percebemos no caminho em direção ao sul da ilha. Depois do viaduto do aeroporto o cuidado era pouco pois as ruas estavam bem movimentadas, e foi assim até o morro das pedras.


Chegamos na entrada de acesso a pousada (chegada) com 15 min para as 11 da manhã. Então resolvemos parar e tomar uma gelada pra brindar nossa prova.




Na chegada já estavam todos na confraternização com churrasco, peixe, salada, cerveja, água, refrigerantes, enfim, uma bela festa preparada por grandes amigos e ciclistas (Milton, Jorge, Peixoto).


Valeu a todos que contribuíram para esse evento, em especial minha esposa, sempre me apoiando e aos grandes amigo,s que considero já parte da minha família, que vieram lá do sul para participar comigo e dar uma dose de animo na minha empreitada.



Agora vamos aguardar maio que tem o Audax 600. Será???