domingo, 28 de julho de 2013

Sábado - Balneário Camboriú - 25 - 7 - 13

Esse sábado voltei a fazer um treininho pensando em Audax. Só não consegui sair no horário, pois o frio e a preguiça falavam mais alto, porém as 8h já estava na estrada com a bike em direção a BC.
Antes do Sinuelo ainda encontrei 2 amigos de bike voltando, nos cumprimentamos de longe e só ouvi um deles gritando "cabelo", porém até agora não me caiu a ficha de quem eram.





O trajeto até Barra Velha foi muito bom, dali pra frente começou a vir um vento contra e caiu meu rendimento, a média do GPS não me deixa mentir.

Depois de Navegantes o cuidado tem que ser maior, pois a região de Itajaí é um pouco perigosa e merece atenção. No meio da atenção percebi que meu pneu traseiro estava mais vazio. Logo pensei que havia furado. Como estava quase na hora da parada para lanchar, resolvi antecipar um pouco e verificar o pneu.
Parei no posto logo depois da ultima entrada de Itajaí e fui primeiramente lanchar. Depois verifiquei o pneu e não achei nada de mais. Acabei enchendo novamente e segui viagem.



 A idéia inicial era ter ido até o começo do morro do boi, mas acabei indo direto para Barra Sul, pois achei que conseguiria atingir os 200km assim.
No molhe de pedras, como sempre muito movimento, mas acabei indo até a ponta para registrar minha passagem por BC e depois voltar.



 Na saída do molhe um situação de perigo, mas com final feliz. Devido ao movimento tive que desviar de uns pedestres e como havia uma espécie de verniz ou silicone sobre as madeiras, acabei indo de encontro ao chão. Por sorte consegui parar antes de bater nas pedras ou cair na água. Antes que alguém pudesse entender o que estava acontecendo já levantei, peguei a bike e sair de cena.. rssss.. Não quis nem ficar para fazer uma fotinho não...




Na saída de BC resolvi calibrar novamente o pneu para não ter que trocar antes de chegar em casa.
No caminho percebi que o pneu começou a esvaziar mais rapidamente. Tive que parar em Penha e em Barra Velha para calibrar, até que um pouco depois da Havan em BV ainda resolvi parar e trocar. Fiz um pit stop rapidinho e segui viagem.
Até achei que encontraria meu amigo Maneca me aguardando em BV para seguir viagem comigo, mas não avistei ngm e segui.




Devido a minha encurtada de caminho em BC não atingi os 200km programados, mas 195km foram suficientes para um treininho com um ótimo final de semana de sol.


 PERFECT DAY!!





quinta-feira, 11 de julho de 2013

Domingo - Audax 300k - 7 - 7 - 13

Este fds mais uma etapa da série Audax 2013.
Sábado, depois de curtir o 1º Varal Fotográfico do Mauro Fanha, cai na estrada em direção a Floripa.
Tinha até as 17h para confirmar inscrição e retirar o kit do atleta.




As 19h seria o congresso técnico. Sempre digo que no próximo eu não vou, mas no final acabo indo.. rsss..
Antes das primeiras instruções o Marcelo Rodrigo e o Dalton vieram me cumprimentar.
Neste assim como os demais sempre tem alguma informação importante que mesmo você conhecendo o roteiro precisa saber. São detalhes, mas que fazem uma grande diferença.




Terminado o congresso técnico retornamos a casa da Tia para bater mais um papo e para uma janta com boa reposição de carboidratos. A Dn Cabela caprichou no macarrão.



Depois da janta até tentei descansar um pouco, mas a adrenalina já estava a mil e na minha cabeça só vinham imagens do trajeto e das observações feitas no congresso.

Pois bem, as 22:30 saímos e fomos para o local do check list/largada. Descarreguei a bike e comecei a montar os acessórios.
Fiz meu check e acabei burlando uma das regras, levar farol reserva. Na verdade fiz isso pois no ano anterior levei 3 baterias reservas e acabei não precisando de nenhuma.



Eram 23:30 e a organização já pedia para alinharmos na largada, pois a largada oficial seria na ciclovia da beira mar, então tínhamos que sair um pouco mais cedo para que as 00:01 pudéssemos largar.
Me despedi de minha apoiadora, patrocinadora e mais que tudo inspiradora esposa e da minha tia e segui para beira mar.








Na saída um pouco de tumulto e euforia, mas tudo se acalmou depois do "já"...




Sai com alguns conhecido de outros Audax na ponta, mas logo a frente estava sozinho, achei que o pessoal estava se poupando, mas até a chegada na ponte já me alcançaram e mantivemos esse pelotão por muitos km´s.





Aos poucos uma bike ou outra furava o pneu e ficava para trás. O pelotão no início estava desorganizado, não tinha um revezamento da ponta, mas depois de Tijucas organizamos a cada km trocar a ponta. Fui acompanhando esse ritmo até Itapema, onde pro meu azar furou meu primeiro pneu. Foi o traseiro. O pessoal deu uma olhada e acabou continuando e eu fiquei sozinho para a troca de pneu. Estava praticamente no escuro. Fui com calma fazendo o necessário e depois de 13 minutos coloquei a bike pra rodar.
Dai por diante tive que seguir sozinho até Itajaí. Ainda nesse caminho observei que meu farol já estava com a bateria fraca. Tentei economizar onde havia iluminação publica para conseguir voltar com luz ainda. Nesse trechinho acabo recebendo uma mensagem muito legal da minha maior apoiadora, a Dn Cabela (assim como chamam minha esposa). Isso é muito bom para os momentos tensos que passamos na bike.

Já em Itajaí fiz uma ligação pra Dn Cabela pra dizer que estava tudo certo e agradecer a msg de apoio.
Cheguei ao PC1 e já fui carimbando passaporte, enchendo caramanhola com água, comendo risoto(muito gostoso por sinal), barrinha da tipikus (patrocinadora), tudo muito rápido para tentar recuperar o tempo perdido com o pneu furado.




Tudo certo, vi uma turminha saindo e já colei nos caras pra ir junto.

Fomos juntos até um pouco depois da PRF de Itapema, onde para minha infelicidade furei mais um pneu, agora o dianteiro. Fiquei um pouco preocupado nesta troca que era num local um pouco duvidoso e ainda haviam alguns rapazes pelo acostamento, mas vou fazer o que? Parei e sorte pra que te quero.
Sai novamente sozinho na estrada e logo depois da balança desativada de Itapema mais uma surpresa do destino, meu farol apagou. Por isso o regulamento pede farol reserva, para não ter idiotas como eu ficando no escuro no perigo de uma BR 101. A vontade de ligar pra Dn Cabela me buscar e abortar a missão era grande, mas persistente como sou resolvi continuar em ritmo mais lento na expectativa de encontrar algum biker com farol e ir de carona. Até que deu certo a idéia, cheguei perto do SOS da Auto Pista de Porto Belo e haviam 2 bikers parados. Um deles ia ficar por ali, o outro ia continuar, então com a autorização do amigo fui de carona no faixo dele até praticamente em Floripa, onde ai então o dia começou a clarear.




No trajeto até Floripa começamos a pegar um vento forte, mas nada ainda comparado com o que pegaríamos mais adiante. Revezamos a frente para descansar do vento e fomos assim até o PC2 em São José. Nesta parada deu para ter noção do vento que estaríamos encarando dai por diante. Aproveitei e fiquei um tempo maior no PC para descansar, comer e me hidratar. Quando fui sair até convidei um outro rapaz para ver se gostaria de ir junto, mas preferiu ficar mais um pouco, então parti novamente para meu pedal solo, ou melhor acompanhado pelo tenebroso vento que chamei de vendaval, pois eram 2 pedaladas pra frente e 5 para trás.
Achei que o vento esta ruim, mas andando na beira mar de São José e depois na de Floripa o negócio piorou muito, pois dentro de São José as casa e prédios seguravam um pouco, mas na beira mar não tinha nada a não ser o corpo. Mais uma vez entra em cena uma mensagem de incentivo da Dn Cabela, onde me fez tirar energias e continuar a lutar com esse vendaval.






Ao passar pela ponte e entrar novamente na ilha percebi um grupo de ciclistas vindo no mesmo caminho.



Quando chegaram mais perto percebi que era o pessoal que largou as 08h da manhã pra fazer o desafio 120km. Esse pelotão me "engoliu" e acabei indo com eles até o pântano do sul. Mesmo de carona com essa turma que estava iniciando o dia de pedal o ritmo foi fraco, pois o vento era absurdo. Vejam pela média na volta 2 do resumo do GPS, ficou em 18km/h.







No pântano, não tinha programado muito a parada, comecei pegando agua e algo para comer, mas assim que percebi que alguns dos bikers que vim junto estavam saindo peguei a bike e fui com os caras que estavam com todo gás (uma caroninha na roda sempre é bom.. rsss), ainda mais que agora o vento ficaria a favor, pelo menos até o morro das pedras.





 Alguns dispersaram e acabei ficando com um rapaz que é atleta de Ironmen, muito empenhado sempre puxava a frente em um bom ritmo. Fomos até o mirante da lagoa, onde depois ele deu uma segurada e ficou com outros speedeiros.




Mal fiquei sozinho já passou por mim os caras que sai junto de Itajaí. Aproveitei e colei neles até PC4 nos ingleses, onde se não fosse a organização nos chamar teríamos passado reto.
Neste PC me perdi na alimentação e meus 2 companheiros sairam antes de mim. Obvio que nem me chamaram.. rssss.. mas logo percebi sai pra tentar alcançar, mas já não tinha mais folego pra pegar as speed. Fui no meu ritmo mesmo assim. Nesse região o vento voltou a bater na frente novamente, como estava sozinho não tinha muito o que fazer.
Na subida do morro da entrada de Sto Antonio de Lisboa percebi que o pneu traseiro estava murcho. Como faltam apenas 15km não estava muito afim de trocar, então fui apenas parando entre 3 a 4 km para encher rapidamente com a bomba, porém faltando quase 2 km essa situação já não deu mais certo, o pneu estava todo vazio e não segurava mais nada de ar. Como eram pouco kms me pendurei na bike e acabei indo com o aro praticamente no chão até a chegada, não estava com a minima vontade mais 1 troca de pneu depois de 12h de pedalada.



Cheguei depois de 12h e 47 min da largada, mesmo com 2, quer dizer 3 pneus furados, e sem farol a noite consegui baixar meu tempo do ano anterior que foi de 14h. O total de tempo pedalado foi de 11h e 31min, mas para o Audax conta o tempo total. Fazendo mais algumas considerações, este ano fui o 9º a chegar, porém com tempo menor, isso significa que o nível dos participantes estava mais alto.
Fiquei muito satisfeito com minha participação e os resultados obtidos.




Agradeço imensamente a minha esposa por todo apoio que me deu durante todo o trajeto, pois em muitos momentos de dificuldade onde falava pra ela que queria desistir ou pensava em abandonar ela ao invés de vir me buscar me dava palavras de incentivo e apoio. Meu melhores amigos das trip loucas fizeram falta, mas quem sabe em outros momentos estaremos juntos.


Que venham o 400k em agosto.