quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Feriado - Expedição Serra e Mar - 15, 16, 17 - 11 - 13

Nesse feriado, dias 14, 15, 16 e 17 foi a data programada para a Expedição Serra e Mar (ESM). Este desafio foi planejado com saída de Joinville rumo a serra do rio do rastro, passando por Garamirim, Massaranduba, Blumenau, Timbó, Indaial, Rodeio, Ascurra, Ibirama,  Rio do Sul, Ituporanga, Petrolandia, Rio Rufino, Urupema, Painel, São Joaquim, Bom Jardim da Serra. Depois o retorno pelo litoral, Lauro Muller, Orleans, São Ludgero, Braço do Norte, Tubarão, Capivari de Baixo, Imarui, Laguna, Imbituba, Garopaba, Paulo Lopes, Palhoça, Florianópolis, Biguaçu, Governador Celso Ramos, Tijucas, Porto Belo, Itapema, Balneário Camboriú, Itajaí, Navegantes, Penha, Piçarras Barra Velha, Araquari e por fim Joinville (talvez tenha esquecido de alguma cidade, mas enfim..) totalizando aproximadamente 850 km.
Maiores detalhes da expedição e da história podem ser obtidas no blog do Jefo.
A saída prevista do dia 14 foi para as 04:00 da madrugada, porém devido a contratempos profissionais não pude sair com os demais participantes (Manoel e Jeferson).  Durante a semana que antecedeu até esse dia fiquei muito triste por não poder sair com eles, tanto que várias vezes pensei em não ir mais pedalar, somente ficar no apoio que já estava combinado e não os deixaria na mão nunca. Terminei minha jornada de trabalho e mais uma vez minha esposa sempre me colocando pra cima me deu maior apoio para irmos atrás desses loucos e para eu levar minha bike junto com os devidos acessórios. Levei tudo meio que largado, não foi aquela preparação, mas levei, sempre devido ao incentivo dessa grande pessoa que tenho ao meu lado.
Saímos de Joinville passava das 20h, até Rio do Sul o trajeto estava memorizado, dali pra frente já precisaria de ajuda de um GPS.
Durante a viagem ainda consegui fazer contato com o Manoel que se dizia exausto por terem atravessado um longo trecho de estrada sem pavimentação. Só fiquei pensando que por estar com GPS o mesmo me tiraria dessa furada, engano, logo estava eu e a Talita num estradão, sem iluminação, sem moradia. Isso deveria ser por volta de 1 da manhã, fiquei preocupado, mas o GPS dizia que estava certo e sempre lembrava do Maneca dizendo que eram quase 40 km. Uma estrada que subia, subia, só subia, parecia que nunca tinha descida. Até que depois de 30 km saímos na rodovia novamente, mas esse trecho foi muito cansativo, só pensava nos amigos fazendo de bike e com os alforges ainda que estava carregando, pois a tocada do primeiro dia foi de 280 km, com essa serra pra fechar o dia seria muito desanimador. Bom, logo depois de cair na rodovia foram mais 20 km até o hotel em Rio Rufino. Chegamos, nos acomodamos e dormimos um pouco para logo as 6 da manhã encontrar os 2 aventureiros.
No dia seguinte ao ver os dois e ouvir as histórias, tive várias lembranças das provas de Audax onde chegamos ao nosso limite, o psicológico fazendo um esforço pra não deixar a mente entrar em pane, enfim. Tomamos um café juntos começamos a nos arrumar, é nos arrumar, entrei na animação deles e fui pedalar também.




Antes da partida uma brincadeirinha pra descontrair, esvaziei o pneu da bike do Jefo onde ele só percebeu antes da partida. Fez aquela cara de espanto e desanimo pelo fato e já ia tirando a roda quando eu disse que foi uma pegadinha do cabelo...rssss.... Ele e o Maneca deram risadas, mas pelo susto acho que realmente o
Jefo queria me matar... rsssss....



Os dois deram graças por terem um carro de apoio para deixar seus alforjes, pois pareciam estar carregando tijolos de tão pesados.
Saímos em direção a serra do Rio do Rastro, porém o primeiro objetivo era chegar a Urupema. Logo na saída do hotel já começamos a subir. Saímos da altitude de 700 m para em 15 km aproximadamente, chegar em uma altitude de 1500 m, isso era só uma amostra de como seria o dia. Esse trecho foi um trecho cansativo, porém muito bonito, tanto pelas paisagens quanto pelo belo dia que fazia.










Chegamos a um ponto onde havia um mirante de torres, mas como fazia frio e já tínhamos saído atrasados acabamos não indo. Imaginamos que dali em diante desceríamos, pura ilusão. Descia e logo subia tudo novamente.





Chegamos na cidade propriamente de Urupema e fizemos uma parada para nos alimentar. Como tínhamos apoio a parada já estava bem preparada e organizada pela minha digníssima esposa.





Seguimos agora rumo a Painel e São Joaquim. O trajeto era muito pesado pois tudo que se descia tinha que ser “escalado” novamente. Painel estava nem próximo de Urupema, mas a placa indicativa para São Joaquim e Bom Jardim da Serra não foram muito animadoras.











Apesar dos pesares continuamos, já estava chegando perto do horário do almoço e nem se quer sombra de restaurante com comida, somente barracas com salames e queijos. Por volta das 11h a Talita nos fez para numa dessas barraquinha que tinham também maça e morangos. Ela já havia deixado as frutas limpas para nos fazermos uma “boquinha”, ainda bem que ela teve essa atitude, pois dali em diante com o sol na cabeça e sem comida foi difícil.






Chegamos em São Joaquim passava das 14h, encontramos um restaurante e logo fomos almoçar. Pelo horário já haviam recolhido tudo, mas o senhor que nos atendeu começou a preparar a comida. Ficamos com receio que não comeríamos bem, mas aos poucos o senhorzinho foi ganhando nossa consideração, pois cada vez mais trazia mais comida e mais variedades, nada com muito luxo, porém tudo caseiro e bem gostoso.




















Antes de partir recebo a ligação do mais que querido amigo Hamilton dizendo que estava indo para serra do Rio do Rastro e tinha previsão de chegar no mesmo horário que a gente.
Nos arrumamos e partimos, agora bem pesados pras subidas e descidas até Bom Jardim da Serra. O sol ainda estava quente e de barriga cheia o ritmo demorava a se manter.









Quanto mais perto chegávamos mais a ansiedade batia. No meio do trajeto lembro da nossa apoiadora nos aguardando no acostamento com água fresca, pois o bagulho estava fervendo.
Continuamos e só aguardava ver aerogeradores, pois sabia que logo logo estaríamos no mirante da serra.  Não demorou muito e logo chegamos ao mirante da serra, final da tarde, conforme previsto. Estávamos bem cansados, mas nada que a visão da bela serra não nos desse mais folego para continuar. 







Fomos fazer as fotos e depois uma pausa para um lanche, onde para nossa surpresa lá estava o nosso apoio com sanduíches e bebidas geladas para nós, tudo na medida, pra gente não faltava mais nada.



Terminamos os pit stop, tentei fazer um contato com o Hamilton pra ver o paradeiro dele, mas não consegui nada, então partimos, pois ainda faltavam uns 60 km até São Ludgero onde foi nosso próxima parada. Saímos do mirante por volta das 18:30, dia ainda claro pra pode aproveitar bem a descida da serra. Durante a descida o êxtase era tal que eu ficava na duvida se pedalava pra aproveitar a velocidade ou se descia devagar para fotografar as belas paisagens, foi um mix de sensações que no final resultou em uma boa descida. Lembro que antes de sairmos do mirante fazia um friozinho, porém ao terminar os 10 km de descida o tempo já estava abafado novamente. 













Nesse trecho final o Maneca e o Jefo saíram numa tocada forte, acho que era a vontade de chegar logo.
Atravessamos Lauro Muller e logo estávamos em Orleans. Nessa hora só ficávamos perguntando ao Jefo se faltava muito, quantos kms ainda tinha, se era longe e por ai vai. Só lembro dele dizendo que tínhamos que subir uma serra e logo estaríamos na em São Ludgero, na toca do tigres (local onde passaríamos a noite).
Eita serrinha que não chegava, até que pra nossa surpresa em um determinado momento só estávamos subindo, logo pensamos que seria a tal serra. Pra nossa surpresa nesse momento o Hamilton passo por nós na estrada, porém não parou, mas não demora muito ele retorna e para. Primeiro para nos cumprimentar e depois pra perguntar pra onde era a tal cidade de "São Ludovico" (segundo palavras dele), pois o GPS não encontrava a cidade..rssss.. O Jefo como coordenador explicou o nome correto e as indicações para a cidade onde iriamos. Assim ele e sua esposa que acabamos de conhecer (Lisa) poderiam ficar pelas proximidades e quem sabe até rolasse um pedal com esse queridão.



Nos despedimos e continuamos a sina do dia, subir, subir, até que pelas tantas começamos a descer e então já era São Ludgero. Logo passamos pelo centrinho e la estava o Hamilton e a Lisa conversando com a Talita. Pegamos nosso apoio e seguimos de fato para toca dos tigres, porém o Jefo não nos contou do detalhes para chegar até a toca. Foi um trecho de paralelepípedos muito ruim, depois asfalto, depois estrada de chão e por fim uma subida pra fechar com chave de ouro... rsss

Na toca dos tigres fomos apresentados a família (tios) que nos aguardavam para nos dar abrigo e comida, porém o que encontramos foi muito mais que isso, encontramos pessoas muito carinhosas, receptivas, simpaticas, muito muito acolhedoras, nos faziam sentir em casa de tão bem que nos faziam. Tomamos um banho e sentamos a mesa pra jantar. Nossa!!! A comida estava sobre o fogão a lenha, mesmo sem fome fui obrigado a provar e repetir as delicias preparadas pela tia do Jefo. 
Terminamos a janta e fomos nos recolher, pois já passavam das 22h e o dia seguinte começaria cedo.

Acordamos por volta das 6 horas e logo durante o café o Hamilton nos liga para vir ao nosso encontro verificar se precisávamos de algo. Não sabia que ele havia trago a bike, pois ele tinha intenção de logo cedo sair em direção a serra, subir e descer e voltar até o horário que sua esposa acordasse, porém ficamos lisonjeados pela visita dele e porque para isso ele teve que abrir mão do pedal dele. Nessas horas o que mais precisamos são de amigos nos dando apoio e uma atitude assim é sempre bem vinda, muito obrigado Hamilton.

Conversamos, arrumamos as bikes, algumas fotos na varanda da toca do tigre e partimos para o próximo objetivo, Tijucas.








Saímos com destino a próxima cidade, Braço do Norte onde estaríamos indo visitar o pessoal da Bike Adventure que estava nos patrocinando nessa ESM. Foi bem fácil de encontrar a loja, que por sinal é bem ampla e conta com uma grande variedade de bike, acessórios, vestuários,etc. O proprietário Dálcio que nos atendeu foi muito simpático em nos atender e nos apresentar a estrutura que possui. Valeu a pena mesmo ir até a Bike Adventure.




Saímos agora definitivamente com destino a Br 101. Durante a saída de Braço do Norte uns pingos de chuva arriscaram a cair, porém foi só uma tentativa mesmo, não chegou  a molhar.






Na Br 101 o Maneca e o Jefo já se empolgaram, estavam no "playground", saíram numa disparada e eu fiquei um pouco para trás, esse trecho foi cansativo, pois o dia estava esquentando e resolvemos tocar direto, sem lanche, só parada para almoço.

Uma parte que nos atrasou um pouco foi a obra da ponte de Laguna. Ali o transito era complicado para ciclistas. Acabei indo um pedaço pedalando pelos trilhos e depois cruzei a Br onde havia acostamento para rodar. O Maneca e o Jefo resolveram continuar a vir pelos trilhos empurrando a bike. Aguardei a chegada deles por uns 20 min, onde aproveitei pra fazer um book de fotos... rssss...










Depois que chegaram partimos e logo depois de uns 2 km o pneu da bike do Maneca fura. Paramos para fazer o pit stop, verificamos o possível motivo do furo, trocamos a câmera e partimos. 




Perto das 12h estávamos em Imbituba, foi onde vimos várias placas de almoço pela Br e resolvemos parar num desses posto com restaurante. Encostamos, usamos o banheiro e aproveitamos para almoçar e hidratar, pois o calor era grande.




Antes de partir resolvemos passar um óleo na corrente que já estava gritando por uma lubrificação. 
Fomos em direção ao norte, mas de barriga cheia sempre é um pouco mais pesado a pedalada, mesmo assim não tínhamos escolha.






O trecho até Floripa foi um pouco difícil, não sei se pelo trajeto ter muitas retas longas, mas enfim, ao chegar em Palhoça já estavamos mais perto de nosso destino final.

Resolvemos fazer uma parada em São José para comer algo, encher as caramanholas de água e partir para ultimo trecho do dia. Agora faltavam só uns 50 km pra fechar o dia.

Saímos desse posto com um vento nas costas e uma vontade louca de chegar o quanto antes. O ritmo do pedal era numa média de 35 km/h, nem nós nos acreditávamos de estar andando naquele momento daquela forma tão frenética.





Não demorou 1h e meia para avistarmos a ponte de Tijucas e nos direcionar ao hotel que era bem próximo a BR,

No hotel a Talita até se espantou com a rapidez que chegamos, pois ela achava que iriamos demorar mais tempo para fazer esse trecho final.






Tomamos banho e procuramos algo para jantar. Não tinham muitas opções, eu gostaria de ter comido pizza, porém a maioria descidiu por comer lanche. Sem problemas, era tudo perto mesmo. Comemos e voltamos pro hotel pra descansar para os últimos 140 km até Joinville.

Gostaríamos de sair bem cedo no domingo para adiantar nosso chegada em Joinvas, porém devido o horário que é servido o café não conseguimos realizar a vontade do Maneca e nosso também. 
Fomos tomar café com tudo pronto, mas mesmo assim acabamos saindo por volta das 8h.






Estávamos até esperando chuva para esse dias, porém o inicio do dia mostrava que seria mais um dia de sol e calor.
O trecho de tijucas até Balneário passou rapidamente. Ainda no trecho de BC passamos por um trecho onde estava rolando o GP de ciclismo Murilo Fischer.







Logo no final do trecho de BC encontramos o Cassiba que saio de Joinville logo cedo pra dar aquele apoio na volta. Não preciso nem dizer que o Maneca ficou mais contente de todos.. rsss.. Em alguns trechos ele até esquecia que eu e o Jefo ainda estávamos pedalando e se mandava na colinha do Cassiba. 



Mal passamos o SOS da Auto pista o pneu do Cassiba fura. encostamos no posto que havia e fizemos a troca rapidamente. Eram muitas pessoas para ajudar pra pouco pneu.. rssss



Voltamos ao pedal e logo ao cruzar a ponte de Itajaí, no Barracão de Penha a Cabela nos chama para uma parada. Não tínhamos a intensão de parar, mas como ela mandou os 4 encostaram e foram contemplados com um pastel e um caldo de cana.






Quando resolvemos sair o Maneca percebe que seu pneu estava furado novamente. Rapidamente fomos ao conserto para voltar para estrada.



Não demorou muito e mais um pneu do Maneca furado. Dessa vez já estávamos em Barra Velha. Encontramos uma sombra e lá vamos nós fazer o que mais gostamos, trocar câmeras.. rssss.




Agora já era pedalar só no piloto automático, pois estávamos no quintal de casa. Barra Velho é treino semanal.



Logo no depois do Sinuelo comecei a perceber que meu pneu começou a descalibrar. O Cassiba até perguntou se eu não gostaria de parar no posto para calibrar, mas como tínhamos planejado parar no Maiochi para pegar água resolvi tentar tocar até lá.
Já na Corveta, em Araquari, não tive escolha fui obrigado a encher um pouco o pneu para conseguir chegar até o posto. Imaginei que no posto, calibrando corretante o pneu o selante vedaria.

Fizemos a parada no posto, pra vária lá estava a Cabela com bebidas geladas e comido para quem estivesse com fome.



Calibrei o pneu e sai loko!!! Queria chegar logo pra não ter que trocar o pneu, pois já havia rodado com essa camera mais de 3000 km sem precisar trocar, só com o uso de selante, então pneu deve estar cheio de arames que merecem atenção para serem retirados e depois de uma viagem de mais de 500 km não era o momento para isso.

Consegui tocar até a curva do arroz onde a Cabela já estava me esperando com a bomba pronta pra encher o pneu. Calibrei e sai pensando em chegar até a entrada da Ottokar, porém a cabela já me espero no SOS da auto pista, um pouco antes, mas OK, vamos parar e encher pra não ter surpresas.

Agora avisei pra ela que ia tocar direto, nem que precisasse chegar só no aro, conforme aconteceu no Audax 400.
Por sorte ou destino deu tudo certo e cheguei na Expoville (ponte final da expedição) com o pneu um pouco descalibrado, mas rodando tranquilo.







Fizemos as fotos oficiais e logo cada um foi seguir seu rumo, quer dizer o Cassiba foi pra casa, o Maneca e o Jefo a carro de apoio os levou até em casa, mas tudo merecido.

Deixo aqui o agradecimento ao Jefo pelo convite de poder participar dessa expedição que foi a realização de um sonho/vontade dele e foi tão bem planejada.

Obvio que não menos posso deixar de agradecer ao apoio da minha esposa que sempre da a maior força para essas atividades e dessa vez mais ainda mais porque ela tb participou nos ajudando e quebrando vários galhos durante o trajeto.

Agradecimento ao Maneca por apoiar tb a idéia louca do Jefo e estar sempre junto pra tudo.

Aos amigos que de alguma forma nos apoiaram, Cassiba, Hamilton, Pelinha, Daniel, etc.

Aos patrocinadores aqui postados na lateral direita que nos apoiaram com a verba para realização do projeto.

Obrigado a todos!

Mais informações desse pedal light:
Blog Natividade Aventura Joinville
Blog Atitude Joinville